
São três as Moiras, fruto da união entre Érobo e a Noite. Cloto, a “fiandeira”, Láquesis, “a que mede o fio”, e Átropos, “aquela de quem não se pode fugir”, são os seus nomes e brancas são as suas vestes, pois as Moiras ou Parcas correspondem à tripla Deusa-Lua.
“Moira” significa uma “quarta fase” ou “uma fase”: a lua tem três fases e integra três entidades - a lua nova (a Deusa-donzela da Primavera, primeiro período do ano), a lua-cheia (a Deusa-ninfa do Verão, segundo período do ano) e a lua-minguante (a Deusa-decrépita do Outono, último período do ano).
Existem duas teorias sobre a relação entre as Moiras e Zeus. A primeira defende que Zeus se intitula “O Senhor das Moiras”, assumindo a soberania sobre a vida humana. É Zeus quem informa as Moiras da sua decisão sobre o destino dos homens, intervindo sempre que lhe aprouver sobre o mesmo: no momento em que o fio da vida, tecido por Cloto e medido por Láquesis, estiver prestes a ser cortado por Átropos. A sua reivindicação de ser o pai das Moiras não foi, contudo, considerada verídica por Ésquilo, Heródoto e Platão. A segunda afirma que Zeus está sujeito ao poder das Moiras, como um dia confessou num oráculo a sacerdotisa Pítia. As Moiras não fazem parte da sua prole, sendo filhas da Grande Deusa Fatalidade, também denominada como a “Poderosa Moira”, e perante a qual nem os deuses podem objetar.
Em Delfos, veneravam-se as Moiras do nascimento e da morte; em Atenas, Afrodite era denominada como Afrodite Urânia, a mais velha das três Moiras.
Muito interessante! A mitologia grega tem esse dom maravilhoso de nos tentar revelar um pouco do cerne da vida e do espírito humano. Peço mais artigos sobre arte e mitologia grega! Obrigada por este ótimo artigo!
A mitologia grega é pura poesia; não explica, revela, rompendo o véu da noite que cobre a luz.
A temática das Moiras é fascinante na sua crueza.
Texto muitíssimo interessante, que nos eleva acima desta vida de que querem fazer uma mediocridade abjeta. Obrigada à autora, que escolhe temas tão interessantes!